Desde o lançamento em 2000, o Google Ads tem sido uma plataforma crucial para anunciantes e empresas.

Oi! Muita coisa aconteceu em 22 anos de anúncios. Como tem sido essa jornada do Google Ads?

Em setembro de 2000, o Google lançou o Google AdWords, agora chamado de Google Ads, ferramenta que anos depois se tornaria referência e líder no mercado de mídia online. Após 22 anos, a Alphabet, conglomerado empresarial que o Google faz parte, conseguiu se firmar como a empresa que mais fatura com anúncios online globalmente. 

Em 2021, por exemplo, a plataforma faturou US$ 257 bilhões de dólares. Já no último fechamento de trimestre, que aconteceu entre abril e junto deste ano, o valor já chegava a US$69,7 bilhões, representando um aumento de 13% se comparado com o mesmo período de ano anterior.

2000 – 2015

Confira alguns destaques do desenvolvimento dos produtos voltados para anúncios desde que o Google lançou o AdWords em 2000 até o seu aniversário de 15 anos.

2000

Ano em que foi lançado o programa de publicidade de autoatendimento do Google chamado de Google AdWords. Conforme o site informava, com o programa era possível que “qualquer anunciante comprasse publicidade de palavras-chave individualizada e acessível que aparece instantaneamente na página de resultados de pesquisa do google.com”. O AdWords acabou substituindo do primeiro programa de anúncios da empresa chamado de Patrocínios Premium.

2006

Este ano, a empresa decidiu aprimorar seus anúncios em jornais no Washington Post – que conforme a empresa foram bem sucedidos – e começaram a testar anúncios em vídeo in-stream com Beet.tv.

2007

Em 2007 os anúncios em áudio começaram a ser promovidos, e a página de destino informa que deve ligar para um dos escritórios de vendas do Google que quiser anunciar na rádio. Outro lançamento foram os anúncios de pagamento, que permitiam que os anunciantes pagassem apenas quando a sua ação preferida fosse concluída, como uma venda ou um clique.

Além disso, foi neste ano que o Google começou a testar a Keyword Tool, ferramenta que mostrava o número de pesquisas no mês anterior para palavras-chave. O Google também comprou a DoubleClick do New York Times e através dele passa a ter acesso ao software de gerenciamento de anúncios e a sua base de editores da web, anunciantes e agências de publicidade. Também houve o lançamento dos anúncios personalizados baseados nas pesquisas anteriores do usuário e o Google alcançou a marca de 1 milhão de anunciantes.

2008

Foi em 2008 que o Google lançou o painel de compra de mídia e anunciou o rastreamento de terceiros para a rede de conteúdo. No mesmo ano foram iniciados os testes de exibição de produtos nos resultados de pesquisa e o Inside AdWords Google Blog divulgou que os anunciantes dos EUA teriam acesso à opção de anúncios de TV.

2009

O Google encerra os anúncios no jornal com a justificativa de que “o produto atual de anúncios impressos não é a solução certa” e encerra oficialmente o Google Audio Ads e o Google Radio Automation.

Já o blog do Google Base anuncia o lançamento do Google Merchant Center, ferramenta que o substituirá para aqueles que enviam produtos ao Google. Além disso, agora é possível comprar anúncios de vídeo promovido diretamente no Google AdWords, o que antes era gerenciado no YouTube.

Houve também a aquisição da AdMob, uma empresa de anúncios gráficos para celular que deu ao Google o acesso a mais de 15 mil sites e apps para celular da empresa.

2010

Foi o momento que o Google anunciou a área chamada de Google Ad Innovations , que conforme a empresa, é o local que “mostrará algumas de nossas ideias mais recentes sobre tecnologias de publicidade e obteremos seus comentários”. Considere a iniciativa como o Google Labs for Ads. Além disso, o acesso ao  painel do AdWords e outros recursos para usuários de smartphones foi habilitado, o que tornou configurável e acessível, em movimento, os dados e estatísticas da conta. Na época, interface estava disponível para os usuários de iPhone, Android e Palm/WebOS. 

Os testes com números de telefones nos anúncios são realizados com um pequeno grupo de anunciantes, além dos testes com um novo tipo de palavras-chave, capaz de modificar a correspondência ampla, e os anúncios da lista de produtos do Google chegam para todos os anunciantes.

2011

Neste ano, o Google permitiu que os anunciantes otimizassem automaticamente quais anúncios seriam mais exibidos conforme as taxas de conversão. Também se iniciou a cobrança de US$ 1,00 por chamadas concluídas através do número exclusivo fornecido quando a chamada era feita através de um computador, poque agora a ação envolvia um clique. 

Houve o lançamento da segmentação de anúncios conforme o interesse do usuário, baseado nas atividades de navegação anteriores ou comportamentos para todos os anunciantes. Além disso, foi nesse contexto que surgiu o início dos testes de lead, através dos testes de versões de pesquisa e exibição de um formato de anúncio de um custo por lead, o que permitia que os usuários solicitassem que um anunciante os contatasse.

O Google abriu um teste beta mais amplo para os anúncios dinâmicos da Rede de Pesquisa, desenvolvido para varejistas e demais anunciantes com inventário grande, que muda constantemente. Além disso, houve o anúncio oficial de que o AdWords seria veiculado na parte inferior das páginas de resultados na busca Google.

2012

A pesquisa de produto Google passa se chamar Google Shopping e apenas os comerciantes que pagaram serão listados. Nesse momento, o Google começou a testar selos de “Lojas Confiáveis” aos anúncios de pesquisa de anunciantes qualificados.

Neste ano foi introduzido a segmentação de mais de 30 mil CEPs no AdWords, o que permitiu que os anunciantes pudessem encontrar potenciais clientes gradualmente. Além disso, a inserção da localização permitiu que anunciantes com diversas localizações criassem anúncios com informações inseridas de forma dinâmica, dependendo da consulta ou localização do usuário.

Também foi lançado o relatório Auction Insights, que ajuda os profissionais de marketing a entender como estão seus anúncios, quando comparados a demais anúncios no mesmo leilão. Outro lançamento foi formato de anúncio em seu produto, Hotel Finder, que permitia que os anunciantes fizessem lances para aparece no topo dos resultados de pesquisa. A tag do remarketing foi reformulada e o Google começou a notificar os anunciantes que itens relacionados a armas não poderão mais ser vendidos no Google Shopping.

2013

Em 2013 houve o anúncio da implementação das campanhas aprimoradas visando auxiliar no gerenciamento de campanhas para usuários de diversos dispositivos, à medida que os ajustes de lance para celular no nível do grupo de anúncios também foram realizados. 

Outras novidades, na época, foram que o planejador de palavras-chave do AdWord foi lançado, as extensões de imagem no AdWord, além da versão beta das Extensões de comentários que permitia que os anunciantes anexassem uma cotação de endosso a uma publicação em destaque nos seus anúncios.

2014

Ano em que o Google proibiu as empresas de conteúdo adulto a utilizarem sua rede de anúncios e lançou as “atualizações automáticas de itens” no  AdWords para auxiliar os varejistas a manter a visibilidade nos anúncios da lista de produtos (PLAs). Essa ferramenta expandiu os PLAs para sites de varejo e comércio eletrônico em toda a Rede de Pesquisa Google, sendo veiculados através da ferramenta chamada AdSende para compras. Além disso, o relatório de extensões automatizadas começou a ser implementado e o AdWords 11 foi lançado. 

2015

Em 2015, a biblioteca compartilhada do Google foi desativada e os snippets estruturados dinâmicos para o AdWords foram lançados e o acesso ao programa de anúncios de serviços domésticos no AdWords Express foi aberto. Em outubro, as colunas de conversões foram alteradas, incluindo apenas as conversões otimizadas e em dezembro foi lançado as Metas Inteligentes para que os anunciantes que não tem ou não podem ter acompanhamento das conversões em seus sites.

2015 – 2020

Público-alvo

Foi durante o seu 20º aniversário que o Google iniciou a era do marketing preditivo, que mescla e implementa inteligência artificial, aprendizado de máquina, aprendizado profundo e redes neurais nas estratégias de marketing e assim prever necessidades, comportamentos e resultados de marketing dos clientes.

O YoTube teve acesso aos dados do Google sobre a segmentação do público, o que aprimorou a segmentação de medição dos anúncios na pesquisa e no YouTube. Além disso, o Google Analytics 4 foi implementado e ofereceu aos usuários  insights preditivos expandidos, integração mais profunda com o Google Ads, recursos de medição entre dispositivos e controles de dados mais granulares.

Aumento da automação

O surgimento dos RSAs e o fim dos anúncios expandidos de texto iniciou em 2020, quando os ETAs não eram mais uma opção padrão na lista suspensa de anúncios. Assim, os anunciantes visualizaram apenas os anúncios responsivos de pesquisa e o anúncio de chamada.

As Campanhas Locais, por sua vez, surgiram para impulsionar visitas às lojas. Dessa forma, o Google otimiza automaticamente a entrega de anúncios na Pesquisa, YouTube, Maps e sites de aplicativos nas suas redes de anúncios.

Já as Campanhas Inteligentes se tornam a campanha padrão para os novos anunciantes do Google Ads. Sua principal característica é que são campanhas quase que completamente automatizadas e seus objetivos incluem ligações telefônicas, visitas ao site e solicitação de rotas.

Demais avanços

Outros avanços na pesquisa são referentes a anúncios de hotéis, mostrando os me disponibilidade, relatórios entre dispositivos e Surfaces no Google, local da plataforma em que é possível mostrar gratuitamente as listagens de produtos – como o Imagens do Google, Google Lens, Google Shopping e Pesquisa do Google. Além disso, foi em julho de 2018, que  o Google AdWords passou a se chamar Google Ads. 

2021 – 2022

Públicos-alvo

Agora é possível utilizar campanhas de TV conectada para segmentar espectadores do YouTube e em alguns outros apps de TV conectada. A nova ferramenta possibilita segmentar a audiência de afinidade segundo o mercado e demográficos para TVs conectadas. Também será possível reutilizar públicos-alvos em nas campanhas.

RSAs e fim dos ETAs

Os anúncios de pesquisa responsivos (RSAs) se tornam o padrão de anúncio da plataforma e os anúncios de texto expandidos (ETAs) deixaram de existir. Com esse modelo, é possível inserir variações de títulos dos anúncios e saber, por meio do aprendizado de máquina do Google, quais varições você deveria utilizar conforme as pesquisas dos usuários.

Uma versão beta da ferramenta possibilitou a visualização dos anúncios em gráficos ao lado da pesquisa e do YouTube durante o relatório de atribuição do Google Ads.

Além disso, foram lançados os anúncios de veículos automatizados, que utiliza dados de veículos no Google Merchant Center para combinar as pesquisas dos usuários com os anúncios.

Automação

Com o surgimento das estratégias de lances agrupados, as opções independentes foram substituídas. O Google anunciou na terça-feira que as estratégias de Lances inteligentes de CPA desejado (tCPA) e ROAS desejado (tROAS) serão agrupadas com as estratégias de lances Maximizar conversões e Maximizar o valor da conversão, respectivamente.

A Performance Max também ficou disponível para todos os anunciantes e inclui campanhas inteligentes do Shopping e locais, embora as campanhas inteligentes do Shopping tenham sido encerradas em janeiro deste ano.

Preocupação com a privacidade

O fim dos cookies de terceiro deveriam acontecer este ano, mas foi adiada para 2023, o que abriu caminho para a tecnologia de segmentação alternativa conhecida como Federated Learning of Cohorts (FLoC). Essa ferramenta foi aberta para que os anunciantes pudessem realizar testes no segundo trimestre de 2021 e tem a sua implementação prevista para o quarto trimestre de 2022.

Não podemos esquecer de mencionar o Sandbox FLEDGE, ferramenta alternativa que protege os dados dos usuários e auxilia as empresas a manter seu fluxo de receita. Além disso, o Privacy Sandbox no Android, inclui a API de tópicos denominada de API FLEDGE, voltada para públicos personalizados e remarketing e a API de relatórios de atribuição.

Demais avanços

Outras novidades implementadas nesse período foram a versão 2.0 do Ads Editor, relatórios de canais para campanhas Performance Max, testes de favicons em anúncios de texto, fim das campanhas do Gmail, renovação do Search360, API do Google AdWords desativada e três novos produtos de viagem.

Assim, podemos observar que o Google Ads traça um caminho onde a sua tecnologia de anúncio está mais baseada em algoritmos.

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