Linha do tempo das redes sociais: como surgiram, as tendências e o cenário atual

março 10, 2021

Oi! Qual é a sua rede social favorita?

 Seja para entretenimento, trabalho ou para produzir conteúdo de entretenimento, as redes sociais fazem parte da vida da maioria das pessoas.

Estamos vivendo uma verdadeira revolução das plataformas sociais, principalmente após a segunda metade da década de 2000. E as novas tecnologias, aliadas à sua grande velocidade, mudaram a forma como as pessoas se relacionam, trabalham, colaboram e compartilham.

As redes sociais transformaram o universo dos eventos e negócios, influenciando na reformulação de opiniões, tomadas de decisões, mudanças políticas, entre tantos outros pontos. Os usuários estão atentos a tudo e as informações são difundidas em alta velocidade, assim como as reações, sejam positivas ou negativas. 

Mas você sabe como isso tudo começou? Existe alguma controvérsia sobre qual foi, de fato, a primeira plataforma social. E isso porque é difícil chegar a um consenso sobre o que consideramos uma rede social (seria qualquer suporte que tenha troca de informações? Comentários? Compartilhamento? Mídia? Interação?). Mas o fato é que algumas dessas ferramentas merecem ser mencionadas pela sua importância em promover a interação entre as pessoas.

Vamos voltar um pouco e ver exatamente como foi o início e a evolução das redes sociais – e o que mudou de lá para cá.

 

1998 a 1996 – Abrindo o caminho

 

Em 1988, nasciam os IRCs (Internet Relay Chats), plataformas de comunicação por texto em tempo real que, além de estabelecer um bate-papo direto entre diversos usuários, eram usadas para compartilhamento de arquivos e links. Por isso, seu uso tem certa ligação com a pirataria da época. Os IRCs foram amplamente usados por um bom tempo durante a década de 1990, e existem ainda hoje, com quase 500 redes e mais de 2.000 servidores que atendem usuários de todo o mundo.

Os IRCs são muito interessantes quando lembramos que, além de oferecer um espaço para a socialização, também são um lugar de compartilhamento – e em uma época em que a internet nem havia atingido a popularidade.

Seguindo o formato de chat, outra ferramenta interessante foi o The Palace, que surgiu em 1994 como um espaço de interação no qual os avatares dos usuários apareciam em cima de uma imagem de plano de fundo. O curioso é que a plataforma conseguiu sobreviver a todas as evoluções em redes sociais e está ativa até hoje.

 

1997 a 2001 – O início

 

O ano de 1997 marca o início da era das redes sociais no formato que conhecemos atualmente, com a inauguração do Six Degrees. Com a premissa de que você está a apenas seis graus de distância de qualquer pessoa (do conceito dos seis graus de separação), o site oferecia perfis de usuários com fotos e a possibilidade de mandar mensagens ou postagens em painéis (bulletin boards) para pessoas com quem tinham uma relação de primeiro, segundo ou terceiro grau de distância. A plataforma chegou a ter cerca de 3.500.000 usuários registrados antes de ser vendida em 1999 e fechada em 2001.

Em 2000, surge a LunarStorm, uma rede social sueca com um diferencial interessante: foi uma das pioneiras em utilizar financiamento de anúncios. A plataforma tinha como público-alvo principal pré-adolescentes e adolescentes entre 12 e 17 anos, e chegou a ter 1.2 milhões de usuários antes de ser fechada em 2010.

 

2002 a 2004 – Novas possibilidades

 

Um marco em sua época, o Friendster aparece no ano de 2002, com um leque de opções de interação social que iam desde a comunicação básica até serviço de encontros e descoberta de hobbies, bandas e eventos. O site tinha 75 milhões de usuários antes de ser vendido em 2009 e se tornar uma plataforma de jogos online em 2011. Finalmente, foi fechado em 2015.

Também nascido em 2002, o LastFM se destacou por ser um dos pioneiros no streaming de rádios e banco de dados de música, com perfis de usuários montados com base no gosto musical de cada um. Com a atual compatibilidade com o Spotify, o site permanece até hoje como uma boa escolha para novas descobertas musicais e para acompanhar estatísticas sobre o que você escuta.

O ano de 2003 apresentou ao mundo o LinkedIn, uma rede única, exclusivamente voltada exclusivamente para os negócios. Entre seus atrativos estão conexões profissionais, compartilhamento de notícias, grupos com interesses em comum e a possibilidade de recrutar profissionais ou buscar emprego. O site conseguiu se manter entre os mais usados e teve um crescimento gradual ao longo do tempo, tornando-se um dos líderes entre as plataformas sociais.

Também nascido em 2003, o MySpace tornou-se uma das redes sociais mais populares dessa época, com perfis altamente personalizáveis que permitiam a inclusão de imagens, músicas e até vídeos. O MySpace teve seu auge entre 2005 e 2008 quando foi finalmente ultrapassado pelo Facebook. O site foi comprado em 2016 e passou por diversas mudanças de design, permanecendo ativo até hoje, embora em relativa obscuridade.

Outro destaque de 2003 foi o surgimento do WordPress, que popularizou ainda mais os blogs em todo o mundo e se mantém como um dos principais sistemas gratuitos de criação de sites.

O ano também marca o crescimento do compartilhamento de fotos, de jogos multiplayer online e do armazenamento online.

Em 2004, foi a vez do Orkut, criado pelo engenheiro do Google Orkut Buyukkokten. A rede surgiu após a fracassada tentativa do gigante de comprar o Friendster, e não teve nem perto do sucesso esperado. No entanto, o site conseguiu um grande público na Índia e aqui, no Brasil, onde conquistou expressivos 34 milhões de usuários antes de ser superado pelo Facebook. A plataforma foi fechada em 2014.

 

2005 a 2013 – A revolução

 

A revolução das redes sociais começa com a chegada de um dos gigantes, em 2005. Nascido do desejo de encontrar e compartilhar vídeos de uma forma fácil, o YouTube trouxe novas formas de criação e compartilhamento de mídia. A plataforma cresceu tanto nos anos seguintes que se tornou uma grande distribuidora de conteúdo original e foi até mesmo responsável por criar uma nova profissão, a de criador de conteúdo em vídeo. Comprado pelo Google em 2006, o YouTube está atualmente presente em mais de 100 países e é disponibilizado em 80 línguas. Com mais de 2,3 bilhões de usuários e 500 horas de upload de vídeo a cada minuto, ele se afirma como a segunda rede mais usada em todo o mundo.

Ainda em 2005, é lançado o Reddit, um espaço dedicado ao compartilhamento de notícias de todo tipo e a discussões sobre os mais variados assuntos, claro, com a possibilidade de votar favoravelmente ou não nos comentários da comunidade. O site, com seus 2.5 milhões de subreddits (comunidades divididas por assunto) e 430 milhões de usuários ativos, o Reddit permanece firme até hoje.

Em 2006, foi a vez de o Facebook sair dos dormitórios de Harvard para o mundo e, desde então, veio crescendo constantemente até se tornar líder entre as plataformas sociais, com seus atuais 2,74 bilhões de usuários ativos.

No mesmo ano, aparece o Twitter, que permite a interação imediata e direta entre usuários, entre consumidores e marcas, fãs e celebridades e assim por diante. Capaz de compartilhar informações em tempo real e passar atualizações de serviços e usuários, a rede se tornou um grande sucesso e tem seu espaço até hoje no mercado. Mas a ferramenta foi ainda além em suas conquistas: as famosas hashtags, que começaram como uma maneira facilitada de organizar os tweets, tornaram-se parte do vocabulário e da cultura mundial, chegando a inspirar importantes movimentos sociais, como #BlackLivesMatter, #MeToo e tantos outros.

O ano de 2007 marca o aparecimento do Tumblr e do Friendfeed entram no mercado. Enquanto o Tumblr, dedicado a microblogs, conseguiu crescer e permanecer no páreo, mesmo com públicos específicos e poucos usuários com relação a outras redes, o Friendfeed, com sua premissa de reunir informações de outras plataformas sociais em um só lugar, não teve tanta sorte e acabou fechando em 2015.

As empresas percebem cada vez mais o grande potencial das redes sociais e, em 2008, começam a investir mais nessas ferramentas, abrindo suas próprias contas e apostando no marketing através desses meios.

O mercado social continuou a crescer em 2009, com o aparecimento de plataformas como Spotify, Groupon, ambos ainda ativos. O Spotify, com seus atuais 345 milhões de usuários ativos, tomou o mercado e se transformou em um dos principais meios de consumir música.

Lançado em 2009 e adquirido pelo Facebook em 2014, o WhatsApp segue até hoje como líder entre os aplicativos de mensagens. Contando com conversas individuais ou em grupo e chamadas de voz e vídeo, o aplicativo conquistou um sólido terceiro lugar entre as redes sociais com seus 2 bilhões de usuários ativos.

As redes sociais atingem um ponto importante em 2010, principalmente depois da chegada do Instagram, rede dedicada ao compartilhamento de fotos e vídeos que, como sabemos, tornou-se uma das mais importantes no mercado hoje. O Instagram tece um início expressivo, conquistando 2 milhões de usuários apenas nos primeiros meses, e chamou a atenção do Facebook, que o comprou em 2012. A rede ganhou ainda mais popularidade e se tornou uma das mais usadas hoje, tanto por usuários quanto empresas, chegando aos seus atuais 1.22 bilhão de usuários.

O cenário de 2010 se completa com Pinterest, que também teve sucesso e conseguiu se manter ativo, e o Google Buzz, uma nova tentativa do gigante que não teve tanta sorte e foi aposentada em pouco tempo.

Em 2011, foi a vez de WeChat entrar na briga. A rede chinesa, que tem a proposta de ser um aplicativo que mescla interação social e transações financeiras (entre outros recursos), é, hoje, amplamente usada na China e figura entre as mais usadas mundialmente, ficando logo atrás do Instagram com relação ao número de usuários.

Ainda em 2011, o Google aposta suas fichas no Google+, sua ferramenta social ligada ao Hangouts, que permitia que o usuário formasse grupos e realizasse conferências por vídeo. Assim como seus antecedentes, o recurso não teve tanto êxito e saiu do mercado em 2019.

E eis que surge o Snapchat, em 2011. Sua característica de permitir a postagem de conteúdos que ficam disponíveis por apenas 24 horas logo atraiu um público de adolescentes. A tendência deu certo e, hoje, vemos diversos aplicativos e redes sociais que utilizam o formato semelhante ao que o Snapchat (e, mais tarde, o Instagram) chamou de “Stories”.

Nesse período, surgiram redes que seguiam a tendência da rapidez e do imediatismo, como o Vine, aplicativo de compartilhamento de vídeos com até 6 segundos, comprado pelo Twitter. O aplicativo teve grande sucesso desde seu lançamento em 2013, mas acabou sendo fechado em 2019, em parte pela falta de adoção da ferramenta por anunciantes, o que acabou contribuindo para a inviabilidade da plataforma como negócio.

 

2012 a 2015 – Tendências

 

Com a enorme popularização do Facebook e Twitter entre 2012 e 2013, cresceu também a viralização dos memes. Claro que esse período está longe (e muito!) da origem e popularização desse fenômeno, mas seu compartilhamento, que havia sido facilitado anteriormente pela chegada do YouTube, explodiu com o crescimento e a influência do Facebook e do Twitter.

Os anos de 2013 e 2014 viram a enorme popularidade das selfies, com dois inegáveis marcos: em 2013, o Oxford Dictionary nomeou “selfie” como a palavra do ano, e o ano seguinte foi chamado pelo Twitter como “ano da selfie”.

E falando em tendência, 2015 foi o ano dos filtros, com o lançamento das “Lenses” do Snapchat. As orelhas de cachorro, os corações, olhos esbugalhados e, claro, pessoas vomitando arco-íris estavam para todo lado.

 

2015 até hoje – O cenário atual

 

Ainda em 2015, vemos outros formatos tomando forma, como os aplicativos de transmissões ao vivo de eventos (live streaming). O Meerkat teve a ideia inicial, e foi logo superado pelo Periscope, do Twitter. O Meerkat foi aposentado em 2016, e o Periscope, que conseguiu maior sucesso nesses últimos anos, está com a data marcada para fechar as portas este mês.

Em 2016, nasce o TikTok. Com a tendência de conteúdos cada vez mais curtos – e a capacidade de concentração do ser humano cada vez menor – as plataformas sociais seguiram oferecendo suporte aos conteúdos rápidos. Lançado inicialmente na China, em 2016, o TikTok rapidamente ganhou popularidade e foi disponibilizado para os demais países, onde os usuários criam e compartilham vídeos (a maioria deles curtos) de dança, lip-sync e comédia, para dar alguns exemplos. Com alto grau de diversão em clipes rápidos, o aplicativo se concretizou como um dos mais usados atualmente.

  

Lideradas, hoje, pelos gigantes Facebook, YouTube e WhatsApp, as redes sociais são mais populares que nunca, seja para questões como comunicação e compartilhamento de arquivos com amigos, conhecidos e familiares, para o networking profissional ou para o entretenimento. Elas fazem parte de nossas vidas e dedicamos cada vez mais tempo a essas tecnologias.

E isso também tornou esses ambientes extremamente importantes para o cenário profissional: os canais de mídia são fonte de renda para profissionais que ganham a vida através da produção e compartilhamento de conteúdo. Além disso, é difícil encontrar uma empresa que não tenha canais de redes sociais e utilize estes meios para desenvolver a divulgação de produtos, trabalhar o relacionamento com clientes e promover o marketing de atração, por exemplo.

Ferramentas sociais focadas na interação, em fotos, vídeos, networking profissional, texto, compras, música, vídeos: parece que já vimos de tudo! E como serão as redes sociais no futuro próximo ou quais tendências serão popularizadas? Alguns dizem que o imediatismo e a rapidez só irão aumentar, outros insistem na reunião de diversos recursos em um só lugar, existem ainda pessoas que apostam nas propostas diferentes e únicas… E, quem sabe, alguém já pode estar trabalhando na resposta em um escritório improvisado na garagem de casa!

 E você, como acha que vão ser as redes sociais do futuro? Compartilhe com a gente!

Leave A Comment

plugins premium WordPress
×