dezembro 6, 2021
Oi! Ultimamente, no mundo da tecnologia, finanças e marketing digital só se fala em uma coisa: metaverso. Sabia que essa é uma transformação que vai além do mundo digital?
O metaverso foi um dos assuntos que tomou conta da internet nas últimas semanas e apesar de ser um universo ativo há décadas, apenas recentemente começou a ser explorado pelo grande público e pelas empresas. Desde que o Facebook mudou o nome da empresa para Meta, o metaverso tem sido o nome do momento no mercado tecnológico e financeiro.
Considerado o próximo passo da interação social no mundo virtual, o metaverso é uma espécie de realidade virtual aumentada que une as experiências do mundo real com o virtual. Assim, todos os usuários do metaverso poderão vivenciar experiências imersivas, interativas e realistas, uma vez que neste espaço, além de jogar e interagir com os demais usuários, é possível realizar interagir com lugares reais e marcas que existem fisicamente, realizar compras de objetos e obras de arte, trabalhar e até participar de shows.
Por exemplo, com a pandemia de Covid-19, o mundo precisou se isolar e manter o distanciamento social. Se na época, o conceito do metaverso estivesse presente na sociedade como está agora, seria possível criar avatares personalizados para trocar interações e participar de eventos e shows. Desse modo, o metaverso consegue envolver questões sociais, econômicas e culturais.
Além da Meta (antigo Facebook), empresas como Adidas, Nike, Epic Games, Amazon, Nvidia, Disney, Microsoft (com o Mesh for Teams, mundo de trabalho virtual focado no ambiente corporativo) e plataformas de jogos como Roblox e Fortnite que já são tipos de metaverso, anunciaram que vão entrar e investir cada vez mais na novidade. E com os avanços do metaverso, as empresas de marketing digital e gestão de mídia precisam estar antenadas às mudanças do mercado.
Second Life e Pokémon Go: o início do metaverso?
Podemos dizer que o Second Life, jogo anunciado no início dos anos 2000 apresentou uma proposta similar ao que vemos atualmente no metaverso. A diferença é que o jogo era voltado apenas para gerar uma socialização entre os usuários e até mesmo empresas que criavam espaços no jogo com o objetivo de proporcionar experiências virtuais com os clientes. Além disso, no Second Life não havia formas de dinheiro e propriedade dos itens. Já o Pokémon Go é um jogo de realidade aumentada desenvolvido pela Niantic, já começou a criar o seu próprio metaverso, investindo cerca de R$1,7 bilhão para criar o seu próprio “mundo real”.
Principais novidade$
A busca e o interesse pelo metaverso foi impulsionado pela novidade trazida por Mark Zuckerberg, como foi citado anteriormente. E segundo o empresário num evento de divulgação do Meta, “nos próximos cinco ou dez anos muitos de nós estaremos criando e habitando mundos tão detalhados e convincentes como esse aqui”. Para Zuckerberg, “o metaverso será o sucessor da internet móvel”, declara.
As NFTs no metaverso
As compras dentro do metaverso são feitas através das criptomoedas. Uma das principais moedas que circulam dentro dele são as NFTs, também chamadas de tokens não-fungíveis (tradução livre). A NFT é um token, ou seja, uma representação digital de um ativo (dinheiro, obra de arte ou propriedade) – registrada em blockchain, um banco de dados público e imutável, que pode ser substituído, segundo o Código Civil Brasileiro, “por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade” – por isso o termo fungível. Vendas milionárias de terrenos, iates e skins já acontecem dentro do metaverso e movimentam de forma volumosa o mercado das criptomoedas.
Aqui no Brasil, o Mirante Cultural se tornou a primeira ONG brasileira a utilizar NFTs para arrecadar fundos. A ideia surgiu através de uma parceria com a Hy! Digital Marketing Innovation e o objetivo da parceria é levar a arte da periferia para o mundo.
Satiko
O alter ego virtual da apresentadora Sabrina Sato, é uma das novidades do metaverso. Desenvolvida pela Biobots Tech, uma startup que se define como ‘agência de influenciadores virtuais’, Satiko é um avatar visualmente semelhante à apresentadora, mas possui uma personalidade própria. Nas redes sociais, Sabrina Sato comentou que a proposta com Satiko é ampliar a interação e comunicação da apresentadora com o seu público, além de, claro, viver novas experiências e produzir diversos conteúdos.
Metaverso nas ruas
A montadora de carros suíça, WayRay, criou e apresentou na Alemanha o Holograktor, um carro desenvolvido com tecnologia de realidade aumentada em 3D que altera o para-brisa com uma tela holográfica. A companhia tem como slogan “metaverso sobre rodas” e pretende ampliar os usos do metaverso.
Shows
Os shows dentro do metaverso surgem num contexto de distanciamento e isolamento social por conta da pandemia de Covid-19. Com uma lacuna aberta no entretenimento mundial, a interação virtual nos aproximou e o mercado musical soube aproveitar bem a oportunidade.
O Fortnite, primeiro jogo a se aproximar do Second Life, se tornou uma grande plataforma digital envolvida no metaverso e além das batalhas, shows de grandes artistas como Travis Scott, Ariana Grande e Steve Aoki, já aconteceram dentro da plataforma. Em 2020, o show do Travis Scott, por exemplo, contou com a participação de 12,3 milhões de jogadores simultâneos e bateu a marca de 45,8 milhões de visualizações, o que gerou ao cantor cerca de 20 milhões de dólares.
Em novembro de 2020, o rapper Lil Nas X lançou seu single Holiday no primeiro show virtual realizado dentro da plataforma social Roblox. Mais recentemente, o cantor Justin Bieber realizou um show virtual e interativo dentro da plataforma Wave no metaverso.
O metaverso tem se mostrado uma poderosa ferramenta de marketing digital, capaz de mesclar jogos, captura de movimentos em tempo real e performances musicais, o que proporciona uma experiência ainda mais interativa e imersiva, capaz de conectar não apenas usuários com gostos em comum, mas capaz de conectar o mundo.
Expectativas dos usuários
As principais expectativas dos usuários ao imaginarem as possibilidades do metaverso são:
– Avatares personalizados e customizáveis;
– Interação social em tempo real e em 3d em jogos ou eventos;
– Suporte para criar seus próprios ambientes virtuais e itens;
– Possibilidade de compras no mundo real em ambientes virtuais 3D;
– Sistemas que gerem lucro com vendas de itens virtuais, sejam games ou NFTs.
O futuro do metaverso promete ser recheado de novidades e inovações e enquanto algumas empresas se recusam a entrar no mundo digital, outras já estão vendendo, por exemplo, obras virtuais. Para você o metaverso é o próximo passo do mundo virtual ou é apenas uma febre do momento? Conta pra gente, estamos curiosos para saber a sua opinião!