Mirante Cultural: a primeira ONG brasileira a vender NFTs

novembro 16, 2021

Tokens não fungíveis revolucionam a arrecadação de fundos através da venda de obras digitais

O Mirante Cultural se tornou a primeira ONG Brasileira a utilizar tokens não fungíveis, do inglês non-fungible tokens, (NFTs) com o objetivo de arrecadar fundos para o seu funcionamento. A ONG é localizada na Vila Mirante, um espaço que busca desenvolver arte, cultura e educação na periferia de São Paulo. Além disso, a organização busca estimular a transformação do bairro por meio de cursos e ações gratuitas.

A proposta é unir arte e tecnologia através das artes criadas na galeria a céu aberto chamada Galeria Vitral. Por meio desta galeria, a população tem arte perto de casa, o que torna as NFTs num agente de transformação da sociedade que, além de arrecadar fundos e tornar o bairro mais colorido e gerar educação, leva a arte de periferia para o mundo. Através das NFTs, as obras digitais se tornam únicas e exclusivas aos seus compradores, que ao doarem serão presenteados com essa exclusividade.

Para alcançar níveis mundiais e buscando entender o mercado das criptomoedas e das NFTs, o Mirante Cultural lançou duas obras digitais: Wizard e Os Santos. As obras fazem parte de uma coleção ainda em curadoria do acervo do museu a céu aberto, que tem como objetivo “transformar a realidade cinza das fachadas de Pirituba, e trazer mais cor, arte e cultura para a periferia de São Paulo; produzir beleza, através das artes visuais, com a perspectiva da periferia; valorizar a cultura e os artistas que atuam em Pirituba, promovendo um grande impacto na realidade cultural do bairro”. Ao longo do projeto, a ONG busca arrecadar mais de um milhão de dólares em doações no lançamento de novas obras digitais que já foram produzidas no projeto. As obras podem ser adquiridas no marketplace de NTF OpenSea

Os tokens não fungíveis é uma tecnologia que possibilita a compra e validação de arquivos digitais. Esse token foi desenvolvido pela tecnologia blockchain, ou seja, um ativo digital em que a propriedade é identificável e rastreável de forma única e que pertence ao sistema de criptomoeda Ethereum. A novidade vem ganhando cada vez mais espaço no mundo da arte digital e das criptomoedas, uma vez que as NFTs possibilitam a troca de arquivos originais como músicas, textos, animações, tweets e no caso do Mirante, obras de arte digitais.

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Galeria Vitral

Algumas das obras digitais do Mirante Cultural são do projeto Galeria Vitral. O coordenador da ONG, Eduardo Carvalho, conta que o projeto entrou na sua segunda edição e em 2021 concluiu a primeira galeria a céu aberto em Pirituba, intitulada “Eu Confesso“. “Nosso projeto mais recente foi inspirado no livro de confissões de Agostinho de Hipona. Com esse projeto, buscamos valorizar a arte produzida na periferia que é exposta nos muros e fachadas do bairro, tudo a céu aberto. A Galeria Vitral existe para proporcionar para dezenas de milhares de pessoas um espaço de contemplação, admiração, formação e assim levar a arte da favela para o mundo”, destaca.

O Mirante Cultural nasceu em 2012 e desde então realiza oficinas de desenvolvimento humano, leitura para crianças, Rap e oficinas de brincar. O coordenador ainda conta que a ONG é voltada para o atendimento com pessoalidade. “Durante o nosso atendimento, buscamos saber o nome, a história de cada criança e assim entender cada realidade. Começamos com um pequeno grupo, e aos poucos fomos crescendo, no total foram mais de 10 mil pessoas impactadas em 9 anos. Nossa trilha foi de luta contra a desigualdade de oportunidades, precariedade da educação, propondo valores como vida em comunidade, beleza, excelência e conhecimento. Nossa associação desenvolve projetos semestrais, logo, fazemos uma ampla divulgação no território e abrimos matrículas para os cursos e projetos todos os anos”, explica.

 

Obra digital “Os Santos” do Mirante Cultural

Hy Digital Marketing Innovation

A implementação das NFTs no Mirante acontece por meio de uma parceria com a Hy! Digital Marketing Innovation. A ideia é inovar o método de arrecadação de fundos dentro do Mirante Cultural, o que a classifica como a primeira ONG brasileira a vender NFTs. 

De acordo com o Head de Desenvolvimento de Negócios da Hy!, Daniel Galvão, comenta que a iniciativa transforma “a possibilidade de arrecadar fundos, através da nova mídia que é o  NFT. Então vamos unir o registro digital ao NFT, com objetivo de gerar receita para o Mirante. A ideia surgiu da vontade de transformar e projetar o que se faz na periferia pro mundo e assim  inverter essa situação, porque geralmente as coisas acontecem do mundo pra periferia. Então a ideia é justamente essa, transformar a arte de periferia em algo global”, explica.

Essa iniciativa une a arte com a tecnologia, e assim, o Mirante Cultural e a HY! buscam gerar benefícios para a sociedade. Para Daniel, o uso das NFTs na ONG é inovador e pode gerar muitos resultados. “Estamos fazendo isso através das NFTs, que permitem a não centralização das informações e o compartilhamento de uma forma muito mais rápida. A ideia da gente fazer NFT, é mostrar pro mundo como o Mirante e a periferia podem produzir belíssimas artes e agora, as pessoas podem comprar essa arte, antes mesmo dessa arte se tornar um grande sucesso”, conclui. 

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